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Do médium ao médico

  • Foto do escritor: Tatiana R. Terracini
    Tatiana R. Terracini
  • 18 de fev. de 2023
  • 2 min de leitura

Um médium que sabe fazer desobsessão está preparado para identificar assédio espiritual onde outros veem a pessoa apenas como "perturbada" e precisando de medicamentos.

E isso faz parte do meu trabalho, do meu propósito.

No entanto, me veio recentemente um rapaz que se acredita assediado mas ao exame não tem

nada e traz um histórico desconexo, confuso.

O homem ouve vozes insistentemente mas disse que já procurou centros que só lhe dão passes...

Também disse que procurou psiquiatras e que as medicações não funcionaram...

Como realmente não encontro nada nele e pra mim a identificação espiritual é um trabalho de rotina, creio ser um caso de esquizofrenia mal acompanhada e mal medicada , uma vez que o moço desiste das terapias por achar que não estão trazendo resultados.

Teima na sua obsessão espiritual.

Com os familiares que moram com ele estes sim eu vejo o assédio. Mãe deprimida com sofredores e pai com obsessores.

Eu entendo o moço.

É mais fácil se acreditar obsidiado e fazendo a desobsessão, as vozes vão embora do que se acreditar doente e necessitado de ajuda médica, condição que levará pro resto da vida e que somente será controlada com medicamentos de uso contínuo. É doloroso mas dá pra ter uma vida relativamente normal.

Como não se acredita doente e com a família não ciente e não lhe dando suporte, ficará consultando médiuns e casas espíritas até a doença avançar num nível perigoso, comprometendo sua vida e possivelmente até de outros. As alucinações auditivas, visuais e sensoriais ficarão cada vez mais fortes e frequentes.

Tentei fazê-lo voltar a um psiquiatra, mas o rapaz teima em ser espiritual.

A vida nos traz esses desafios e nada é sem propósito.

O que é da espiritualidade será melhor resolvido na espiritualidade e por falta desse discernimento, muitos médiuns foram vistos como desajustados e loucos, indo para internações psiquiátricas ou tomando remédios que lhes tiram a percepção de tudo e ficam eternos dopados.

E há os que realmente tem distúrbios psiquiátricos, que devido ao mal atendimento, má orientação e até orientação religiosa, serão vítimas de seu próprio julgamento desequilibrado. A boa medicina teria mais sucesso mas é necessário acolhimento, paciência e pessoal realmente interessado nesses casos, sem julgamentos ou tratando dessas pessoas de maneira fria e apenas racional .

O amor em todos os casos ainda é um ingrediente primordial de cura.


Texto escrito com base em fatos reais

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