A origem da cura quântica
- siteraiozentati
- 6 de mar. de 2021
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Por trás de cada descoberta há um nome, quando falamos a respeito de cura quântica, não podemos deixar de citar Deepak Chopra. Chopra é especialista em endocrinologia, exerce a profissão desde 1971, e chefiou a equipe do New England Memorial Hospital. Em 1985, fundou a Associação Americana de Medicina Védica. Criador de diversos livros de autoajuda, a sua proposta é centrada na afirmação "se compreendermos a nossa verdadeira natureza e soubermos viver em harmonia com as leis naturais, a sensação de bem-estar, de entusiasmo pela vida e a abundância material surgirão facilmente".
Nos últimos anos surgiu uma abordagem da medicina, na qual a mente, a consciência e a inteligência ocupam papéis importantes.
Em seu livro Dr. Chopra diz:
"As pesquisas de curas espontâneas de câncer realizadas tanto nos Estados Unidos como no Japão demonstraram que, pouco antes do restabelecimento, quase todos os pacientes passam por uma alteração de consciência. A pessoa sabe que vai sarar e sente que a energia responsável pela cura está em si mesma, mas que não se limita apenas a ela. Estende-se além de seus limites pessoais, por toda a natureza.
Sente, subitamente: “Não me limito a meu corpo, tudo o que existe a minha volta faz parte de mim”. Tais pacientes, nesse momento, atingem aparentemente um novo nível de consciência. As células cancerosas, então, desaparecem literalmente do dia para a noite ou, pelo menos, estabilizam-se e não prejudicam mais o organismo. Esse mergulho em um grau mais profundo de consciência parece ser a chave, mas não surge necessariamente num impulso. A palavra que vem à mente, quando um cientista pensa nessas mudanças súbitas, é quantum. Ela significa um salto descontínuo de um nível de função para outro, mais elevado: a transição quântica.
Quantum é também um termo técnico, antes conhecido apenas pelos físicos, mas agora presente na linguagem popular. Precisamente, um quantum é “a unidade indivisível em que as ondas podem ser emitidas ou absorvidas”, na definição do eminente físico britânico Stephen Hawking. Para os leigos, o quantum é um bloco de construção.
A luz é formada por fótons, a eletricidade, pela carga de um elétron, e a gravidade, pelo graviton (um quantum hipotético, ainda não encontrado na natureza). E o mesmo acontece com todas as formas de energia, cada qual baseada em um quantum que não pode ser subdividido em nada menor. As duas definições, a do salto descontínuo para um nível mais elevado e o grau irredutível de uma energia.
Apesar de cura quântica, ser uma palavra nova, o processo, em si, não é. Sempre existiram pacientes em que não se observa o curso natural de cura. Por exemplo, uma pequena minoria não definha com o câncer, outros desenvolvem tumores muito mais lentamente do que a estatística prevê para aquele tipo de mal.
Muitos restabelecimentos são de origem igualmente misteriosa, como os casos de remissão espontânea e o uso eficiente de placebos, ou “drogas enganadoras”, que também indicam o salto quântico. E por quê? Porque em todos esses casos a consciência profunda parece ter promovido um drástico salto quântico no mecanismo da cura.
A consciência é uma energia pouco valorizada pela maioria das pessoas. Geralmente não enfocamos nossa consciência mais profunda nem usamos sua verdadeira energia, mesmo nos mais difíceis momentos de crise. Talvez seja esta a razão pela qual as “curas milagrosas” são recebidas com um misto de espanto, descrença e reverência. Mas todos possuem esse nível mais profundo de consciência. Talvez, até alguns desses milagres sejam extensões de capacidades normais. Por que não consideramos um milagre o corpo soldar um osso partido? Como processo de cura, é complexo demais para ser imitado pela medicina; envolve um número incrível de processos perfeitamente sincronizados, dos quais a medicina conhece apenas os principais, e de modo imperfeito.
O motivo pelo qual a mesma pessoa considera milagre a cura do câncer e não pense o mesmo a respeito da fusão de um osso do braço está ligado à união entre mente e corpo. O osso quebrado parece solda-se fisicamente, sem a intervenção da mente; mas a cura espontânea do câncer, segundo se acredita em geral, depende de uma qualidade especial da mente, de um profundo desejo de viver, de uma perspectiva heroicamente positiva, ou qualquer outra habilidade rara. Isso significa que existem dois tipos de cura, uma que é normal, outra, anormal ou, pelo menos, excepcional.
Acredito que essa distinção seja falsa. O braço partido solda-se
porque a consciência o emenda, e o mesmo acontece na cura milagrosa de um câncer, na longa sobrevivência de um caso de HIV, na cura pela fé e mesmo na capacidade de viver até a idade avançada, sem se deixar abater por uma doença. A razão de nem todos conseguirem levar o processo de cura até onde devem resulta do fato de nos diferenciarmos drasticamente quanto a nossa capacidade de mobilizá-la.
Podemos comprovar isso nas diferentes reações das pessoas diante da doença. Uma fração mínima, bem menos de 1 por cento de todos os pacientes que contraem um mal incurável, consegue curar-se.
Um número maior, mas ainda abaixo dos 5 por cento, vive bem mais que a média. Essas descobertas não se restringem às doenças incuráveis. Pesquisas demonstram que apenas 20 por cento dos pacientes com doenças sérias, mas curáveis, recuperam-se com excelentes resultados. Sendo assim, cerca de 80 por cento deles não conseguem sarar, ou curam-se parcialmente. Por que é tão desproporcionalmente elevado o índice de insucesso nas curas? Qual será a diferença entre um sobrevivente e alguém que não consegue sobreviver?
Aparentemente, os pacientes bem-sucedidos aprenderam a motivar a própria cura e conseguiram, nos casos mais felizes, ir além.
Descobriram o segredo da cura quântica. São os gênios da união entre a mente e o corpo. A medicina moderna não consegue se igualar nem de longe na reprodução de suas curas, porque nenhum tratamento baseado em drogas ou cirurgia consegue precisar tão bem o prazo, ser tão maravilhosamente coordenado, tão benigno e livre de efeitos colaterais, tão fácil. A capacidade dessas curas vem de um nível tão profundo que não se pode ir mais além. Se soubéssemos o que os cérebros fazem para motivar os corpos, teríamos a unidade básica do processo de cura em nossas mãos.
Até agora, todavia, a medicina não conseguiu dar o salto quântico e a palavra quantum ainda não tem aplicação clínica. Como a física quântica lida com aceleradores de altíssima velocidade, você pode pensar que a cura quântica emprega radioisótopos ou raios X. Mas o significado é o oposto. A cura quântica afasta-se dos métodos da alta tecnologia e penetra nos meandros mais profundos do sistema mente-corpo. É nesse núcleo que ela se inicia. Para atingi-lo e aprender a provocar a resposta de cura é necessário que você atravesse todos os níveis mais densos do corpo: células, tecidos, órgãos e sistemas; atingirá, então, o ponto de união entre a mente e a matéria, o ponto em que a consciência realmente começa a causar um efeito.
O quantum em si, o que é e como se comporta, ocupa a primeira parte deste livro. A segunda parte apresentará a mistura do quantum e do Ayurveda, promovendo uma união das duas culturas na tentativa de se chegar a uma resposta. O panorama científico do Ocidente confirma, surpreendentemente, a visão dos antigos sábios da Índia. Esta é uma viagem que derruba barreiras e ignora obstáculos culturais. A meu modo de ver, toda a história precisa ser descoberta. Até descobrirem uma resposta, continuarão com suas vidas presas por um fio."
Chopra defende que a ciência e a medicina deveriam tratar certos problemas – tais como doenças, em uma abordagem mais holística em vez de adotarem uma visão puramente reducionista, onde o foco é maior nos tratamentos pontuais dos sintomas e no estudo isolado dos agentes etiológicos causadores das enfermidades, ao passo que o histórico de vida, as emoções e o estado psicológico do paciente no geral são geralmente considerados como fatores menos influentes nas causas da doença.
Podemos concluir que a cura quântica é aquele nosso velho e conhecido jargão: “mente sã, corpo são”.
Fonte: Agência Senado, UNINTER – Revista Saúde, Cura Quântica – Deepak Chopra.
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